sexta-feira, 22 de abril de 2011

Tecnologia, mídia, corpo e comportamento

Em referência a uma atividade da disciplina EDC 287, Educação e Tecnologias Contemporâneas:




REVISTA CLAUDIA, ANO 48, Nº 9.

Inicialmente, preciso comentar a experiência com a atividade proposta em sala. A "simples" ação de folhear uma revista, em específico a Revista Claudia, foi transformada em uma atitude pensante e investigativa, no sentido de despertar meu olhar para a possibilidade de relacionar tecnologia, propaganda/mídia, corpo e, também, educação com o que estava posto nas páginas da edição. Já tive até a assinatura da revista Claudia, contudo, por mais incrível que possa parecer, nunca havia percebido que existem mais propagandas do que reportagens...
Como a revista objetiva o público feminino, as propagandas, em geral, estão relacionadas aos hábitos, necessidades, anseios e "fetiches" desse nicho de mercado. Assim, foi possível identificar que os anúncios publicitários mais frequentes eram os de cosméticos. Das cinquenta e nove propagandas contabilizadas, dezoito apresentavam produtos de beleza: cremes para os cabelos, esmaltes para unhas, shampoos e condicionadores, hidratantes corporais, tinturas de cabelo, cremes rejuvenescedores, linhas de maquiagem etc. Em segundo lugar, as propagandas de vestuário(7), as grandes grifes, incluindo não somente moda adulto, mas também, moda infantil. Logo após, constatei que a revista apresenta ainda poucos anúncios de alimentos (5), medicamentos(3), grandes bancos(3), revistas(2), calçados(2), TV por assinatura(1), carro(1), fraldas descartáveis(1), eletroeletrônico(1) etc.
Visão semelhante a do anúncio
A propaganda que mais chamou minha atenção foi a de um celular.
O aparelho foi apresentado voando, como se fosse uma aeronave. Era possível perceber na imagem que abaixo havia uma cidade litorânea e urbanizada. A principal proposta era o acesso rápido à internet, bem como outros tantos "incrementos" tecnológicos, os de última geração, presentes no aparelho.
 Como leitora/consumidora, percebi a seguinte inferência na propaganda: se eu comprar o aparelho terei a possibilidade de otimizar mais o tempo (geralmente subtraído de nós pelos congestionamentos dos centros urbanos), utilizando a internet e as outras tecnologias presentes no produto, ou seja, poderia "voar", metaforicamente, tal como a imagem do celular no céu da cidade.
Ora, a relação tecnologia, corpo e mídia se faz notória com o anúncio descrito. O corpo, neste caso, possui uma ferramenta (o celular) que o auxilia a realizar inúmeras atividades, sobretudo, a de comunicar-se, saindo do local e conectando-se ao global em fração de segundos. Tal articulação leva em consideração as  mudanças que vêm ocorrendo nas interações sociais e nas novas relações/configurações com o tempo, e este, enquanto criação e limitação humana.


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