sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mafalda, a pequena notável




Criada na Argentina, a menina Mafalda enfrentou a ditadura militar de seu país para falar de censura, feminismo, crises econômicas e política internacional. Virou um dos símbolos dos anos 70
por Mariana Della Barba
Sempre que pode, o cartunista argentino Quino diz não se arrepender de ter parado de desenhar Mafalda nove anos depois da primeira tirinha, quando seu personagem tinha um número crescente de fãs. Entretanto, ele admite que se arrepende de algo que fez nas primeiras tiras da personagem: ter criticado tão duramente a presidência de Arturo Illia, que comandou a Argentina entre 1963 e 1966. E não é que aquele governo tenha sido assim tão bom. Quino é que não sabia que, depois do golpe militar que encerrou o mandato de Illia, a situação iria piorar tanto.
Mafalda apareceu pela primeira vez em 29 de setembro de 1964, na mais importante revista semanal argentina da época, a Primeira Plana. No ano seguinte, as tiras passaram a ser diárias, veiculadas no jornal El Mundo. Em 1967 Mafalda foi para a revista semanal Siete Días Ilustrados, onde ficou até a última historieta, publicada no dia 25 junho de 1973. Suas 1 928 tiras já foram publicadas em mais de 20 idiomas, incluindo russo, polonês e norueguês. Praticamente todas essas histórias, que ainda saem em jornais ao redor do mundo, estão reunidas na hilária coletânea Toda Mafalda.
Depois do golpe, as histórias da personagem e de seus amigos revelam as diferentes fases da ditadura argentina: a ineficácia do governo, a crise econômica, o endurecimento do regime. Durante quatro governos militares, Mafalda não se intimidou e permaneceu questionando a situação do país e fazendo perguntas bombásticas a seus pais. Para acompanhar a trajetória desse difícil trecho da história argentina, Toda Mafalda é uma verdadeira enciclopédia. Apesar de já ser quarentona, a personagem continua muito atual quando o assunto é a insatisfação diante da realidade social e política da América Latina.

Para ler mais: http://historia.abril.com.br/cultura/mafalda-pequena-notavel-434734.shtml

Eu gosto muito da Mafalda.
Primeiramente, decidi apresentá-la, sua história, seu autor...
Para depois sim, meditar nas tirinhas e criar relações entre educação, linguagem, filosofia e afins.
Em breve (espero), quando minhas leituras e trabalhos acadêmicos estiverem adiantados, darei início às reflexões dialógicas com Mafalda...  

Um comentário:

  1. Mafalda ainda terá muito o que questionar.
    Muito bom o post, gostei.
    Seguindo...=)

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