
O flâneur é uma figura que surgiu durante o século XIX com o crescimento acelerado das grandes metrópoles, que trouxe grandes transformações na vida e nos costumes urbanos. As populações das cidades cresceram desenfreadamente e passaram a aglomerar uma gama de ‘tipos’ muito extensa. Andar pelas ruas era uma ótima oportunidade de observar as diferenças de costumes.
O flâneur tinha o costume de observar as pessoas perdidas na multidão. Os ‘tipos urbanos’ eram objeto de estudo. “Fazer botânica no asfalto” era sua principal atividade. Ele analisava e observava as diferentes espécies que transitavam nas ruas e nas galerias – espécies de shopping centers a céus aberto. Esse hábito de “flanar” não ficou, contudo, restrito aos cidadãos do século retrasado. Foi sofrendo alterações e se adaptando a cada realidade.
A flanerie ainda existe hoje. Principalmente nas grandes metrópoles onde existe uma maior mistura de culturas e raças diferentes. Hoje existe uma fartura muito maior de tipos urbanos. O flâneur trocou as galerias pelos shoppings, onde toda a cidade se encontra e onde existem as principais lojas e praças de alimentação.
Com a chegada da era digital, o flâneur adaptou-se também ao ciberespaço. Ele não faz mais botânica no asfalto e sim “tique-taque nas gravatas do hipertexto” . Expandiu seu campo observativo para os hábitos cibernéticos dos internautas. A internet é um ambiente muito propício para a flânerie. O flâneur navega nas ondas da WWW. Observa os blogs ou as conversas nas salas de bate-papo. Perde-se nas cidades digitais e no labirinto da hipermídia.
Deve-se considerar na ciber-flânerie a característica não-linear da disposição da informação na internet e seu caráter paradoxal e infinito. O flâneur tenta desatar o nó virtual onde uma informação leva a outra informação, como uma encruzilhada que leva a outra encruzilhada. Como na configuração do traçado das cidades em ciclos, a navegação na Internet também dá essa sensação e faz com que o “ciberflânauta” pense estar num mesmo lugar, embora esteja em outro diferente, dando voltas. Isso, para o ciber-flâneur, é um desafio sedutor.
A flanerie é, na verdade, a exaltação da cidade. É a constatação prática do crescimento e das suas transformações urbanas. No meio disso, a população vai sendo inconscientemente alterada. Cultura, estilos de vida, relações pessoais. Assim surgem os tipos diferentes, dentro dos mundos diferentes que compõem as cidades. O flâneur é um desses tipos, sendo sua principal característica a observação e catalogação. E hoje, na era da virtualização, sua mais nova característica é processar a informação hipertextual.
O flâneur tinha o costume de observar as pessoas perdidas na multidão. Os ‘tipos urbanos’ eram objeto de estudo. “Fazer botânica no asfalto” era sua principal atividade. Ele analisava e observava as diferentes espécies que transitavam nas ruas e nas galerias – espécies de shopping centers a céus aberto. Esse hábito de “flanar” não ficou, contudo, restrito aos cidadãos do século retrasado. Foi sofrendo alterações e se adaptando a cada realidade.
A flanerie ainda existe hoje. Principalmente nas grandes metrópoles onde existe uma maior mistura de culturas e raças diferentes. Hoje existe uma fartura muito maior de tipos urbanos. O flâneur trocou as galerias pelos shoppings, onde toda a cidade se encontra e onde existem as principais lojas e praças de alimentação.
Com a chegada da era digital, o flâneur adaptou-se também ao ciberespaço. Ele não faz mais botânica no asfalto e sim “tique-taque nas gravatas do hipertexto” . Expandiu seu campo observativo para os hábitos cibernéticos dos internautas. A internet é um ambiente muito propício para a flânerie. O flâneur navega nas ondas da WWW. Observa os blogs ou as conversas nas salas de bate-papo. Perde-se nas cidades digitais e no labirinto da hipermídia.
Deve-se considerar na ciber-flânerie a característica não-linear da disposição da informação na internet e seu caráter paradoxal e infinito. O flâneur tenta desatar o nó virtual onde uma informação leva a outra informação, como uma encruzilhada que leva a outra encruzilhada. Como na configuração do traçado das cidades em ciclos, a navegação na Internet também dá essa sensação e faz com que o “ciberflânauta” pense estar num mesmo lugar, embora esteja em outro diferente, dando voltas. Isso, para o ciber-flâneur, é um desafio sedutor.
A flanerie é, na verdade, a exaltação da cidade. É a constatação prática do crescimento e das suas transformações urbanas. No meio disso, a população vai sendo inconscientemente alterada. Cultura, estilos de vida, relações pessoais. Assim surgem os tipos diferentes, dentro dos mundos diferentes que compõem as cidades. O flâneur é um desses tipos, sendo sua principal característica a observação e catalogação. E hoje, na era da virtualização, sua mais nova característica é processar a informação hipertextual.
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