No tempo d'eu menina
os corredores eram longos
as mesas altas
as camas enormes.
A colher não cabia
na minha boca
e a tigela de sopa
era sempre mais funda
do que a fome.
No tempo d'eu menina
só gigantes moravam
lá em casa.
Menos meu irmão e eu
que éramos gente grande
vinda de Lilliput.
os corredores eram longos
as mesas altas
as camas enormes.
A colher não cabia
na minha boca
e a tigela de sopa
era sempre mais funda
do que a fome.
No tempo d'eu menina
só gigantes moravam
lá em casa.
Menos meu irmão e eu
que éramos gente grande
vinda de Lilliput.
In: COLASANTI, Marina. Rota de colisão. Rio de Janeiro: Rocco, 1993
Sabe juliana, acho que ainda estou no tempo de menina, as coisas parecem tão maiores e dificies de serem aprendidas. Na imensidão do mundo ficamos pequeninas, mais sempre há um irmão proximo para nos apoiar.
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