domingo, 1 de maio de 2011

Poema de Maio - José Afonso

(pela pura beleza das palavras, sem mais)

Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu

http://amata.anaroque.com/arquivo/2004/05/poema_de_maio_pela_pura

Um comentário:

  1. Oi JU adorei seu blog está muito organizadinho! Ainda não tive tempo para ler suas publicações, mas vou arrumar um tempim! Viu?

    Bjs e sucesso! ;)

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