quinta-feira, 5 de maio de 2011

Filme: Piratas Do Vale Do Silício

Na última aula da disciplina EDC287, Educação e Tecnologias Contemporâneas, foi-nos oportunizado assistir este filme. A experiência foi extremamente enriquecedora, pois a obra fílmica trata de um assunto que eu, até então, não conhecia a fundo: o surgimento dos computadores pessoais e das grandes empresas de hardwares e softwares.


Será que conseguimos imaginar um mundo sem celulares, computadores e MP3? Talvez até consiga, visto que tudo isto ainda é muito novo e a maioria os adultos de hoje nasceram num tempo onde o que temos em abundância em qualquer lugar era algo raríssimo de vermos antes dos anos 90.
Entre pontos negativos e positivos da revolução tecnológica, não podemos deixar de destacar a fundamental importância na inclusão de um apetrecho que passaria a fazer parte na vida de qualquer pessoa: o PC (Personal Computer, ou Computador Pessoal). Hoje o computador pessoal é acessível para as diferentes classes. Podemos, inclusive, encontrar em diversas famílias não só um PC, mas também notebooks e netbooks para exemplares diferentes da sociedade.
Muito da popularização do PC é graças aos esforços de duas empresas de tecnologia: a Apple (conhecida pelo iPod e pelo iPhone) e a Microsoft (conhecida pelo Windows e pelo Office). Conhecer o início destas duas empresas e, principalmente, como surgiu a ideia por trás de seus fundadores (Steve Jobs e Bill Gates) é realmente um grande capítulo a ser incluido nos livros de história vindouros: traição, plágio, intrigas, persuassão e conflitos são os ingredientes que fizeram estas duas empresas decolarem para níveis estratoféricos.
O filme Piratas do Vale de Silício retrata bem a ascensão do império destes dois gigantes no mundo virtual. Nele observamos um jovem e ambicioso Bill Gates, calouro na Universidade de Harvard, junto com o seu colega Paul Allen desenvolverem uma linguagem chamada “Basic” para os primeiros computadores pessoais conhecidos como Altair 8800.
Paralelamente observamos um jovem hippie e temperamental chamado Steve Jobs, juntamente com seu colega Steve Wozniak, que havia iniciado o projeto Apple I na Universidade de Berkeley, largarem tudo para fundar uma empresa na garagem de Jobs chamada Apple. Algo interessante é que Wozniak na época trabalhava para a HP que, por contrato, exigia que seus funcionários apresentassem todas as ideias para si. Entretanto, quando Wozniak apresentou o seu Apple I, eis a resposta do executivo da HP: “Meu filho, quem é que vai querer um computador dentro de sua casa?”. Me pergunto como será que estes executivos conseguiram curar a dor de cabeça que surgiu posteriormente ao sucesso da Apple.
Outro ponto de destaque é o marco onde a Microsoft deixa de ser uma empresa pequena para tornar-se uma empresa multimilionária: quando o Sr. Gates vende um sistema operacional (o DOS) que ele não tinha a IBM e ainda mantém no contrato que o sistema continua sendo propriedade da Microsoft, que poderia vender o sistema para quem quisesse. A IBM aceitou o contrato, e como não tinham nada, Bill Gates e companhia correram até um conhecido e compraram este sistema operacional por apenas U$ 50.000,00. Ou seja, Bill Gates não tinha nada e ficou rico sem criar coisa alguma!
Mas o mais interessante mesmo são os cruzamentos entre Steve Jobs, que se considerava intocável e tinha uma série de problemas pessoais, e Bill Gates, uma víbora persuassiva. Enquanto Jobs copiou a interface gráfica e a utilização do mouse de um projeto da Xerox, a Microsoft copiou a interface gráfica e o mouse da Apple traindo a confiança de Jobs para sempre.
Porém, em nome dos negócios, alianças são feitas e desfeitas numa grande disputas pela maior fatia do mercado. Enfim, é um filme bem bacana que além de mostrar o início de tudo, mostra também característica pessoais natas que viriam a transformar estas personagens em celebridades do mundo corporativo.
Este invento foi exposto e apesar dos receios, os jovens foram bem sucedidos, recebendo inclusive encomenda de 50 microcomputadores como o que apresentaram. Todo trabalho deles ainda era na garagem dos pais de um deles.
A idéia de um microcomputador pessoal apresentada à HP não foi aceita, questionada sobre para que serviria e quem iria querer um computador em casa. Os jovens receosos recebem de Mike Markulla um investimento de 250 mil dólares para que continuassem a trabalhar no projeto dos micros, foi a salvação deles, já que não conseguiam capital para continuar o negócio.
Quase ao mesmo tempo, a Microsoft que possuía sede em um quarto de hotel trabalhava com um software (Microsoft Basic), ao contrário da Apple que trabalhava com hardware. Bill Gates, que não recebeu atenção de Jobs na feira de exposição, consegue um contrato de aluguel de seu sistema operacional (ainda inexistente) com a IBM.
O pensamento dos lideres da IBM era de que se ganha com hardware e não com software. Em tempos atuais, isso é totalmente inverso. Gates e seus parceiros Allen e Balmer precisavam agora de um sistema operacional; Pall Allen consegue comprar o Q-DOS da Seattle Computer por 50 mil dólares e com algumas modificações surge o MS-DOS.
Bill Gates diante de sua lábia, representado pela Microsoft, consegue trabalho na Apple, ocorre que eles realizam uma nova cópia sobre a Apple, lançando então o Windows. Diante da arrogância de Jobs, ele se traiu, mostrando o ouro ao pirata. Quando Jobs descobre já é tarde.
Finaliza-se o filme com o que se tornou a vida de cada personagem. Jobs com uma família consolidada e de volta à Apple após ser desligado, Wozniak ensinando informática a crianças e Gates figurado como o mais rico do mundo.
No bem estruturado desenvolver da narrativa, percebe-se alguns pontos relevantes: [1] o interesse e a busca por ver realizados projetos; [2] o tratamento e a relação entre empregado, empregador e cliente; [3] a visão de mundo e futuro do mercado e [4] a batalha por um produto exclusivo e superior – vantagem competitiva.

Referência: http://www.artigonal.com/tecnologia-artigos/relatorio-do-filme-piratas-do-vale-do-silicio-1757903.html

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