sexta-feira, 6 de maio de 2011

Diálogo? Para quê?



Há uns três dias, Paulo Freire chamou minha atenção de modo muito especial dizendo que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo”. Certamente, tal afirmação ficou ecoando em minha mente. E isso, a tal ponto que comecei a analisar e (re)pensar meu processo formativo, minhas experiências e expectativas com a educação, (in)certezas, possibilidades etc.. 

Hoje, uma sexta-feira um tanto cansativa, passando pela biblioteca da Faced, encontrei um livro e, nesse livro, verifiquei um outro pensamento de Freire, o qual complementa aquela afirmação inquietante que mobilizou meu pensar no início da semana. Na obra, em referência ao diálogo e sua importância na educação, Freire afirma que "não se pode pensar pelos outros nem para os outros nem sem os outros. A significação do diálogo está no fato de que os sujeitos dialógicos crescem um com o outro. O diálogo não nivela, não reduz um ao outro. Ao contrário, implica um respeito fundamental dos sujeitos nele engajados" (FREIRE, 1992, p. 117-118).  

Nossa! Como é interessante essa relação eu-outro-mundo... Mas por que muitos professores, não todos, mas a maioria, não contemplam essa dimensão da educação? Por que pensam que somente eles podem ensinar? Por que não consideram o exercício da dialética em suas práticas pedagógicas? Enfim, comecei a "pedafiloletrar"! E continuo nesse exercício...
   
No momento, minha intenção não é desenvolver aqui uma extensa análise acerca do assunto, até porque, hoje é sexta-feiraaa... rsrs Ufaa! Meu intuito é, portanto, compartilhar essa reflexão inicial e, quem sabe, em outras postagens dar continuidade, falar um pouco mais sobre a Pedagogia Libertadora.

A propósito, a referência do livro:

ABRAMOVAY, Miriam. UNESCO. Escolas inovadoras: experiências bem-sucedidas em escolas públicas. Brasília, D. F.: UNESCO, 2003.

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