quinta-feira, 31 de março de 2011

Experiência indo pra a facul... Tudo depende de mim!

Hoje pela manhã, um fato muito curioso me ocorreu. Estava um pouco estressada por causa dos engarrafamentos que enfrentei, do calor insuportável que tomava a cidade e, talvez, devido a um possível início de TPM.
Saindo da primeira aula em direção à outro campus da universidade, tomei um ônibus com mais duas colegas de turma. O curioso foi que no fundo desse ônibus havia um rapaz que nunca tinha visto antes. Ele tirou uma folha de papel e entregou para uma das colegas, disse que era para ela me entregar. Assim que recebi olhei fixamente para ele, a fim de ver se era alguém conhecido. Como não era, logo me veio à cabeça: "O que esse cara quer? Isso são  horas de ficar paquerando, 'tomando ousadia' com os outros? E por que comigo? Oxe...". rsrs
Como não gosto de ficar julgando as pessoas, quanto mais em pensamento, logo perguntei o que ele queria e o que havia naquele papel. "É para você ler, depois passe para outra pessoa", disse ele, com um olhar aparentemente inofensivo. E acredito que era mesmo. Assim, aceitei o papel (texto) e agradeci. Mas algo me tirou da "zona de conforto". Aquele gesto tão atípico me fez refletir sobre a relação eu-outro-mundo...
Estamos tão acostumados a não nos relacionarmos de maneira atenta com o outro, principalmente no espaço ônibus. Pensando bem, o que sempre percebo nos seis ônibus que embarco diariamente é que as relações interpessoais se resumem muito a gestos "rústicos" que acanhadamente nós fazemos (nesse "nós" não conto aqueles brutamontes que passam espezinhando todo mundo).
Para apanhar o material pesado das mãos de alguém, geralmente, as pessoas não falam... "Bom dia! Quer ajuda? Eu posso segurar seus livros...". Em vez disso, apontam para o objeto e maneiam um pouco a cabeça. Isso quando decidem ajudar...
Obs.: A comunicação não verbal é um elemento fundamental nesse processo de interação, tenho estudado sobre ela, mas não cabe, aqui, desenvolver considerações a cerca disso. Em outro post, quem sabe... 
Ainda sobre o rapaz e o texto, tudo aconteceu em menos de dois minutos, nem tinha passado pela catraca ainda. Foi então que percebemos... Ops! Estávamos no ônibus errado. rsrs
Por que tomamos o ônibus errado, se fazemos o mesmo trajeto todas as terças e quintas-feiras?! Não sei... Talvez porque eu estava sem meus óculos...  Ou, quem sabe, naquele momento, tudo o que eu precisava era ler o "tal texto", para logo me acalmar, deixar de estresse e assistir a aula de matemática. 

Socializando, segundo a recomendação do rapaz, eis o bendito texto: 
  
"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

- Posso reclamar porque está chovendo... ou agradecer às águas por lavarem a poluição.

- Posso ficar triste por não ter dinheiro... ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

- Posso reclamar sobre minha saúde... ou dar graças
por estar vivo.

- Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria.... ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar.... ou agradecer por ter trabalho.

- Posso sentir tédio com as tarefas da casa... ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.

- Posso lamentar decepções com amigos... ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim."

(Charles Chaplin)

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