sexta-feira, 10 de junho de 2011

A importância do livro

“Um livro não muda o mundo. Um livro muda pessoas. E as pessoas, sim, podem mudar o mundo”.




A importância do livro, impresso ou virtual, para a civilização moderna, repassando às gerações futuras todo o conhecimento armazenado pelos séculos, é incalculável. O livro, além de didático, tem o papel de incentivador do uso da imaginação, mais do que nunca, num mundo dominado pela imagem e a informação – muitas vezes manipuladas.
Há escritores proféticos: Júlio Verne em seu romance Da Terra à Lua, previra com 100 anos de antecedência o vôo tripulado ao nosso satélite natural, errando por apenas alguns quilômetros o local de lançamento na Flórida (E.U.A.) e sua chegada no oceano Pacífico, acertando quase na mosca a dimensão da cápsula espacial; Arthur Clarke, em seu livro 2001- Uma odisséia no espaço, previra a cooperação entre russos e americanos, dentro de uma estação espacial (fato inadmissível, durante a Guerra Fria!) e hoje realidade, além de um supercomputador ser o personagem principal do livro. O autor previra o poder que a informática teria algumas décadas depois? Por fim, George Orwell, com o livro 1984, cria a figura do Grande Irmão que tudo vê, tudo controla – dura crítica aos regimes totalitaristas e seus ditadores como Stálin e Hitler. Orwell, enganara-se por duas décadas, pois em 1984 a Internet engatinhava de forma experimental entre universidades norte-americanas. Já em 2004, com a conjuntura mundial, após os atentados de 11/09/2001, “o olho que tudo vê”, saiu das páginas de ficção e invadiu a realidade, nada virtual.
Outros casos da literatura influenciando o cotidiano foram: A Cabana do Pai Thomas, escrito por Harriet Beecher Stowe, que fazia em seu livro dura denúncia da escravatura nos Estados Unidos, e dizem que levou o presidente norte-americano Abraham Lincoln a dizer-lhe: “Foi a senhora que, com seu livro, causou essa grande guerra”, referindo-se a Guerra da Secessão, que dividiu o país, entre Norte e Sul, abolicionista e escravocratas, entre outros interesses. Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe, um clássico da literatura germânica, levou muitos jovens da época a imitar o gesto do personagem principal, que se suicida.
A situação do livro no Brasil, de acordo com artigo “Quem vai ler nosso futuro?”, armazenado no site da Câmara Brasileira do Livro, traz outros dados: “O Brasileiro lê pouco.(...)Baixa escolaridade e baixo poder aquisitivo certamente estão entre as causas da pouca afeição à leitura. Cabe ao Estado mudar esse quadro.(...)com uma política cultural destinada a aumentar o espaço dedicado às letras, formar o hábito da leitura e tornar o livro um objeto acessível para qualquer pessoa”, diz ainda que: “61% dos brasileiros adultos alfabetizados não têm praticamente contato nenhum com livros.(...)O Brasil tem hoje apenas 1.500 livrarias, enquanto que o ideal seria existirem pelo menos 10 mil". E mais: "cerca de 1.300 municípios brasileiros das regiões mais pobres não dispõem de nenhuma biblioteca.(...)Temos grandes autores no segmento infantil, mas poucas publicações de qualidade para jovens de 13 a 17 anos.(...)Deve-se incentivar a criação de bibliotecas públicas, escolares e comunitárias que funcionem até mesmo à noite e nos fins de semana.(...)No Brasil, apenas 1% da produção editorial destina-se às bibliotecas, enquanto que nos Estados Unidos 30% dos livros editados são adquiridos pelos acervos públicos”.
Eventos literários pelo país demonstram o crescimento do hábito da leitura, aliado às campanhas de incentivo de entidades governamentais ou não. Os Ministérios da Cultura e da Educação pretendem lançar projeto de incentivos e barateamento do livro, algo fundamental para a mudança dessa situação. Que esse desafio gigantesco saia do papel... deixando de ser mera ficção.

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