quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ímpar ou ímpar - Paulo Leminski




Pouco rimo tanto com faz.
Rimo logo ando com quando,
mirando menos com mais.
Rimo, rimas, miras, rimos,
como se todos rimássemos,
como se todos nós ríssemos,
se amar (rimar) fosse fácil.

Vida, coisa pra ser dita,
como é fita este fado que me mata.
Mal o digo, já meu siso se conflita
com a cisma que, infinita, me dilata.



Este e outros poemas podem ser encontrados em: http://docecomoachuva.blogspot.com/ uma verdadeira fonte que transborda poesia e encantamento...

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